Data: 11/10/2011
Cerca de 400 mulheres dos mais variados segmentos, entre elas trabalhadoras urbanas, rurais, indígenas, negras e piscicultoras, participaram da III Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres de Alagoas, realizada nesta segunda-feira, 10, em Maceió. A secretária-executiva da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Rosana Ramos, a secretária de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Kátia Born e a Superintendente de Promoção de Políticas para as Mulheres, Solange Viégas, prestigiaram a cerimônia de abertura que aconteceu no Auditório Virgínio Loureiro, no Centro de Cultura e Exposições Ruth Cardoso.
A abertura da Conferência foi marcada pela manifestação de um grupo de mulheres solicitando mais rigor no enfrentamento à violência contra as mulheres. Com faixas, cartazes e cruzes elas pediam o fim da violência.
“Em briga de Marido e Mulher a Sociedade tem que meter a colher”, registrava uma faixa.
Alagoas ocupa o primeiro lugar em violência contra a mulher na região Nordeste. No País, o estado é o 8° do ranking de homicídios de mulheres, segundo os dados do Mapa da Violência contra a Mulher realizado pelo Instituto Sangari.
AUTONOMIA - Na abertura, Rosana Ramos falou sobre a importância do evento para o país. “A Secretaria de Políticas para as Mulheres elegeu a autonomia das mulheres como eixo central das conferências em toda sua dimensão: econômica, pessoal, política e cultural. Sem essas dimensões não conseguiremos enfrentar a violência contra a mulher”, disse. “Nas conferências, queremos firmar alguns princípios, principalmente o da igualdade entre homens e mulheres, brancos e negros e de orientação sexual”, afirmou Rosana.
Em seu pronunciamento, Kátia Born disse que o evento era a oportunidade das mulheres de Alagoas apresentarem suas propostas nas áreas de educação, segurança, emprego e renda.
A secretária também defendeu a criação de mais creches e de delegacias da mulher, principalmente no interior do Estado.
Para Solange Viegas, o enfrentamento da violência é prioridade e, por isso, a discussão maior gira em torno da autonomia econômica da mulher e da igualdade no mercado de trabalho.
“O que acontece é que a mulher presta queixa, mas não tem como sustentar os filhos e, ameaçada pelo agressor, retira a queixa. Daí a importância da autonomia financeira”, avaliou.
PROPOSTAS - Durante o encontro, entre as 486 propostas elaboradas na etapa municipal, as conferencistas elegeram cinco assuntos prioritários a serem encaminhados para a etapa nacional.
Entre os temas estão a preparação das mulheres para o mercado de trabalho e a reestruturação dos equipamentos sociais com a criação de creches, delegacias de atendimento à mulher, casas abrigo, centro de referencias e serviços de saúde especializados no atendimento à mulher.
Ao final, foram eleitas 58 delegadas, sendo 35 da sociedade civil, 17 do governo municipal e 6 do governo estadual. Essas delegadas participarão da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres que acontece de 12 a 14 de dezembro, em Brasília-DF.
HOMENAGEM – Durante a cerimônia de abertura, a Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos (SEMCDH), prestou uma homenagem a dez mulheres presenteando-as com uma placa de honra pelo trabalho exercido em órgãos e entidades de defesa dos direitos da mulher no estado de Alagoas.
As agraciadas foram: Solange Bentes Jurema, Wedna Miranda, Maria Marluce Caldas Bezerra, Terezinha Ramires, Cleonice Ferreira da Silva (In memorian), Maria Ligia Ribeiro Toledo de Lima, Maria Rebeca Tenório, Ana Celia de Melo Neto, Maria Aparecida Batista de Oliveira, Marly Ribeiro de Souza Aprígio.
Com informações: Secom Alagoas
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