7 de outubro de 2011

ONU coloca Brasil em 26° lugar no ranking mundial de homicídios


São Paulo, sexta-feira, 07 de outubro de 2011 




Estudo diz que países mais violentos são Honduras e El Salvador

DE SÃO PAULO

O Unodc (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime) elaborou um ranking dos países onde mais ocorrem crimes de homicídio e posicionou o Brasil no 26° lugar.
O "Estudo Global de Homicídios" abrange 207 países e leva em conta a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, segundo informações de governos, polícias e organismos internacionais. O Brasil obteve uma média de 22,7 crimes por 100 mil habitantes. Porém o estudo apresenta imperfeições, a maioria delas provocada por dados insuficientes e diferentes metodologias de levantamento usadas pelos países, segundo a própria ONU.
O ranking é elaborado com base em dados coletados em anos diferentes. Também confronta dados tanto de órgãos policiais (que contabilizam crimes) como de saúde (que registram as mortes).
Países oficialmente em guerra contra insurgentes ou narcotraficantes registraram índices de homicídios mais baixos que o Brasil -como Afeganistão (2,4), Iraque (2,0) e México (18,1).

MAIS VIOLENTOS
De acordo com o levantamento, as primeiras posições do ranking são ocupadas por Honduras (82,1), El Salvador (66) e Costa do Marfim (56,9).
Já o continente com o maior número de ocorrências de homicídio é a África, com 36%, seguida pelas Américas (31%) e pela Ásia (27%). O estudo mostra ainda que jovens do sexo masculino das Américas Central e do Sul, do Caribe e da África são o segmento da população mais exposto ao risco de ser vítima de assassinato.
O levantamento diz também que países com grandes disparidades nos níveis de renda são quatro vezes mais sujeitos a ter taxas maiores de mortes violentas.
Segundo o Unodc, os homicídios ocorrem mais em áreas de fronteira, próximas a locais de produção de drogas e em grandes cidades. São Paulo é citada pelo estudo como exemplo de cidade onde ocorreu redução do índice de homicídios por 100 mil habitantes, principalmente em razão da campanha do desarmamento.
A ONU usou dados da Secretaria de Segurança Pública que mostram redução da taxa de de 20,8 para 10,8 entre 2004 e 2009. Mas, aparentemente, o Unodc não levou em conta estatísticas do Ministério da Saúde, pelas quais o número de mortos é maior. 

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