8 de maio de 2012

Santa Catarina fica em 23º lugar em ranking de mortes de mulheres

Diario Catarinense, 8 de maio, 2012


A cada 100 mil mulheres de Santa Catarina, 3,6 foram assassinadas por agressões em 2010. O número põe o Estado no 23o lugar do Mapa da Violência 2012: Homicídio de Mulheres no Brasil, estudo formado pela análise de dados da violência contra a mulher de 1980 a 2010.
Florianópolis aparece em 22o lugar na lista das capitais, com índice de 3,5, bem abaixo da cidade catarinense com mais homicídios de mulheres. Lages tem uma média de 14,9. De 2008 a 2010, foram 17 mortes, o que pôs a cidade na 17a posição entre os municípios com mais de 26 mil habitantes do país. Em seguida vêm Mafra (41o) e Criciúma (77o).

Segundo a agente Joacyr de Paula Nizer, da 6a Delegacia de Polícia da Mulher e do Menor de Florianópolis, os números preocupam mesmo que o Estado esteja entre os de menos homicídios. Este ano, a delegacia registrou, só na Capital, cerca de 2 mil boletins de ocorrência relacionados à violência contra a mulher. Para ela, a medida de prevenção para diminuir o número de mortes é a vítima fazer a denúncia já na primeira agressão.

A maioria denuncia quando a agressão é mais grave. Raramente procuram a delegacia no início, quando agredidas por palavras ou empurrões, por exemplo explica.

Maioria das agressões é do cônjuge e em casa

A maioria das ocorrências de violência contra a mulher no país atendidas pelo Sistema Único de Saúde (68,8%) acontece em casa. O agressor mais comum é o cônjuge (27,1%). Amigos ou conhecidos aparecem em segundo lugar (16,2%), e desconhecidos, em terceiro (13,8%).
Em todo o país, o meio mais usado para matar é a arma de fogo. O mapa mostra que 53,9% das mulheres assassinadas em 2010 morreram desta forma. O segundo modo são os objetos cortantes ou penetrantes, como facas, usados em 26% dos casos.

No Brasil, o Espírito Santo está na primeira posição do ranking, com uma taxa de 9,4 vítimas a cada 100 mil mulheres. O que apresenta menos ocorrências é o Piauí, no 27o lugar, com índice de 2,6. A taxa em todo o Brasil é 4,4, o que coloca o país na sétima posição entre 84 países.

O estudo, coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, é uma análise de dados do Sistema de Mortalidade (SIM) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVP) do Ministério da Saúde (MS). Entram na conta os homicídios que tiveram como causa agressões intencionais por terceiros com o intuito de matar.
caroline.passos@diario.com.br

CAROLINE PASSOS

Um comentário:

  1. Wow! Esse é um numero muito alto de violência e assassinatos de mulheres. É incrível como existem pessoas que podem fazer tanto mal... Algumas sobrevivem porque são levadas em grave estado a help saude

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