Por - iG Brasília |
Perfil dos 3,8 milhões de excluídos mostra que maioria é negra, vive no campo e tem pais com pouca ou nenhuma escolaridade
Gestores de municípios na Bahia, Amazonas, Pernambuco e Rio de Janeiro estão empenhados em garantir um direito básico de toda criança brasileira: a educação. São poucos, mas bons exemplos de redes municipais que decidiram enfrentar a exclusão escolar, que mantém cerca de 3,8 milhões de crianças e adolescentes brasileiros em todo o País fora da escola.
Os municípios de Borba (AM), Teresópolis (RJ), Saloá (PE), Coaraci e Serrinha (BA) mostram que, apesar das dificuldades, é possível levar para a escola quem nunca esteve em uma e ou quem desistiu dos estudos. Essas redes estão em diferentes estágios de sucesso na empreitada, mas decidiram se mobilizar fazendo buscas ativas dos alunos.
A tarefa não é simples. O perfil dos excluídos mostra que a maioria, em qualquer faixa etária, é formada por negros, mora no campo, é pobre ou vem de famílias em que os pais tiveram pouca ou nenhuma escolaridade. As crianças e os jovens quilombolas, indígenas, com deficiência ou em conflito com a lei também são grandes vítimas da exclusão.
Por essas características, vencer os desafios não é fácil. Grande parte (45%) dos 3,8 milhões de crianças e adolescentes que estão fora da escola tem entre 15 e 17 anos. Eles representam 1,7 milhão de pessoas. E, especialmente para eles, a escola muitas vezes não faz sentido.
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