FÁBIO TAKAHASHI
SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
FolhA DE S.PAULO, 3/12/2013
O Brasil melhora a qualidade do seu ensino, mas em ritmo menor. E segue nas últimas posições no ranking entre países.
O panorama está presente nos resultados do principal exame internacional da educação básica, chamado Pisa -que avalia estudantes de 15 e 16 anos em matemática, leitura e ciências.
Em matemática, o país ficou em 58º lugar, entre 65 países. Está atrás de Cazaquistão, México e Uruguai. E à frente de Colômbia e Jordânia.
Nos demais quesitos, leitura e ciências, o Brasil não cresceu de 2009 para 2012, mantendo-se em 55º e 59º respectivamente. Os dados referem-se às provas aplicadas no ano passado.
Os líderes na matéria são todos asiáticos: Xangai (China), Hong Kong, Cingapura, Taiwan e Coreia do Sul.
A maior parte dos alunos avaliados (quase 85%) frequentam escolas dos governos estaduais. Uma parte menor vem da rede privada.
AVANÇOS
Se o Brasil segue entre os últimos colocados, o relatório destaca que o Brasil é o país que mais melhorou em matemática entre os que participam da prova ao menos desde 2003 (a avaliação é aplicada a cada três anos).
Em média, o país foi de 356 para 391 pontos (ganho de 10%). É como se o aluno de 2012 tivesse mais de seis meses a mais de escolarização do que o de 2003.
Houve ganhos também nas outras duas matérias.
O problema é que no período 2009-2012, o crescimento nas notas desacelerou. Ainda em matemática, se de 2006 para 2009 o avanço foi de 16 pontos, no período seguinte caiu para 5 pontos.
"Há resultados a serem comemorados", afirmou a diretora-executiva da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz.
Ela destaca tanto o ganho no longo prazo (2003 em relação a 2012) quanto o fato de o país ter aumentado o número de alunos atendidos pelas escolas --no período, o percentual de estudantes de 15 anos matriculados subiu de 65% para 78%.
"Mas considerando que o país tem um dos maiores PIBs do mundo, a situação deveria ser melhor. Ao aluno que está hoje na escola não interessa que o sistema estará melhor daqui uma década", afirmou.
España, por debajo de la media en Matemáticas y Lectura. El rendimiento de los alumnos españoles de 15 años sigue por debajo de la media de los 34 países de la OCDE en Matemáticas, Comprensión Lectora y Ciencias, según el último informa PISA. Efe http://cort.as/6zmc
Avaliação internacional mostra que País tem avanço lento e abaixo do ideal na educação
Resultados do Pisa mostram que o País continua ocupando um dos últimos lugares na lista: entre os 65 avaliados, ocupa a 58ª posição
03 de dezembro de 2013
Bárbara Ferreira Santos - O Estado de S. Paulo
Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) apontam que, embora o Brasil tenha melhorado suas notas, seu desempenho ficou abaixo do esperado. As notas mostram que a média do País subiu 33,7 pontos de 2000 a 2012. No entanto, do exame anterior - realizado em 2009 - para o ano passado, a diferença na média geral foi de apenas 1 ponto.
A prova é aplicada a cada três anos para alunos de 15 anos dos 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), considerados de primeiro mundo, e outros países convidados, como o Brasil, que participa desde 2000. As áreas do conhecimento avaliadas são Matemática, Ciência e Leitura. A cada edição do exame, uma área é enfatizada - nesse último, Matemática foi o foco.
No País, em 2012, quase 20 mil alunos fizeram a prova, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A novidade no País foi a aplicação de testes em meio eletrônico a uma subamostra de cerca de 4.000 alunos.
Por causa do desempenho abaixo do ideal, o País continua ocupando um dos últimos lugares na lista de países: entre os 65 avaliados, o Brasil ocupa a 58ª posição. Junto com Turquia, México, Chile, Portugal, Hungria, Eslováquia, Polônia e Cazaquistão, o País aparece no relatório como um dos países com contextos socioeconômicos mais desafiadores. Entre todos esses países listados, contudo, é o que está em último lugar.
Segundo os dados divulgados, a performance do Brasil em Matemática, leitura e ciência melhorou desde 2003 - de 356 pontos em 2003 para 391 pontos em 2012. Desde 2000, os pontos de Leitura melhoraram 1,2 pontos por ano e, desde 2006, os pontos de Ciências aumentaram em média 2.3 pontos por ano. Os alunos que possuem as piores médias melhoraram a sua performance em cerca de 65 pontos - o equivalente, segundo a OCDE, a mais de um ano e meio de aprendizado.
No entanto, o maior problema do País na prova é o baixo nível de proficiência dos alunos nas três áreas do conhecimento avaliadas: 0% atingiram o nível 6, o mais avançado do aprendizado. Já a maioria ficou entre os piores níveis.
Segundo Ocimar Munhoz Alavarse, especialista em educação pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), o País ainda tem muitos alunos com baixo desempenho nas áreas avaliadas. "Quando a gente olha o Brasil nos resultados desse Pisa, não só a média geral é baixa como tem muita gente concentrada abaixo do nível adequado. Esses alunos que saem do ensino fundamental e são avaliados pela prova acabam tendo o desempenho que se espera de um aluno do 5º ou 6º ano".
Em Matemática, por exemplo, 67,1% dos alunos avaliados alcançaram somente até o nível 1, o mais baixo - eram 69% em 2010. Isso quer dizer que eles não conseguem ir além dos problemas mais básicos, têm dificuldade de aplicar a matemática, e, na avaliação da OCDE, nem tiraram proveito de uma educação mais avançada. Cerca de 2 a cada 3 estudantes brasileiros estão abaixo do nível 2 em Matemática (em 2003, 3 a cada 4 estavam nesse nível).
Em Ciências, 53,7% atingiram até o nível 1 - entenderam apenas o óbvio e têm enormes dificuldades para manejar conceitos científicos básicos. Em leitura, 75,3% se concentram entre os níveis 2 e 3.
A diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz afirma que, para melhorar as médias, é preciso reforçar a educação dos alunos com piores notas e garantir que aqueles que tenham notas medianas passem para o nível de excelência. “Sem isso, não melhoramos a nota no Pisa e nem teremos produção de valor agregado feita aqui”, reforça./Colaborou Guilherme Soares Dias.
American 15-Year-Olds Lag, Mainly in Math, on International Standardized Tests
By MOTOKO RICH
Fifteen-year-olds in the United States score in the middle of the developed world in reading and science while lagging in math, according to international standardized test results being released on Tuesday.
While the performance of American students who took the exams last year differed little from the performance of those tested in 2009, the last time the exams were administered, several comparable countries — including Ireland and Poland — pulled ahead this time.
As in previous years, the scores of students in Shanghai, Hong Kong, Singapore, Japan and South Korea put those school systems at the top of the rankings for math, science and reading. Finland, a darling of educators, slid in all subjects but continued to outperform the averages, and the United States.
The Program for International Student Assessment, commonly known as PISA, was administered to 15-year-olds in 65 countries and school systems by the Organization for Economic Cooperation and Development, a Paris-based group that includes the world’s wealthiest nations. Just over 6,100 American students took the exams.
In the midst of increasingly polarized discussions about public education, the scores set off a familiar round of hand-wringing, blaming and credit-taking.
“The United States’ standings haven’t improved dramatically because we as a nation haven’t addressed the main cause of our mediocre PISA performance — the effects of poverty on students,” Dennis Van Roekel, president of the National Education Association, the nation’s largest teachers union, said in a statement.
Some scholars warned that the lagging performance of American students would eventually lead to economic torpor. “Our economy has still been strong because we have a very good economic system that is able to overcome the deficiencies of our education system,” said Eric A. Hanushek, an economist at Stanford University. “But increasingly, we have to rely on the skills of our work force, and if we don’t improve that, we’re going to be slipping.”
The United States’ underperformance was particularly striking in math, where 29 countries or education systems had higher test scores. In science, students in 22 countries did better than Americans, and in reading, 19 countries.
The results painted a slightly different picture from tests administered to fourth and eighth graders in 2011 through the Trends in International Mathematics and Science Study. Those results indicated that the United States was about on par with international averages.
But both exams showed that the percentage of students who scored at the highest levels in math and science was much greater in several Asian and European countries.
In the United States, just 9 percent of 15-year-olds scored in the top two levels of proficiency in math, compared with an average of 13 percent among industrialized nations and as high as 55 percent in Shanghai, 40 percent in Singapore, and 17 percent in Germany and Poland.
Jack Buckley, the commissioner of the National Center for Education Statistics, noted that American students from families with incomes in the highest quartile did not perform as well as students with similar backgrounds in other countries.
Richard Rothstein, a research associate at the liberal Economic Policy Institute and a fellow at the University of California, Berkeley School of Law, said he put little stock in the PISA results. He said educators and academics should “stop hyperventilating” about international test rankings, particularly given that students are already graduating from college at higher rates than can be absorbed by the labor market.
Others criticized recent efforts to reform public education by using measures like student test scores to evaluate teachers. Such policies “contribute to an environment in which young people who are making decisions as to whether they can go to work at a place like Google or the school down the street simply won’t consider going into teaching,” said Marc S. Tucker, president of the National Center on Education and the Economy, a nonprofit think tank.
An increasingly vocal group of parents, teachers, union leaders and others have also objected to a focus on standardized tests at the expense of values like creativity.
“The question is, can we walk and chew gum at the same time?” said Michael J. Petrilli, executive vice president of the Thomas B. Fordham Institute, a conservative education policy group. “There’s no reason why we can’t keep the creativity that we value while also teaching kids how to do math better.”
España mejora ligeramente en PISA pero sigue por debajo de la media de la OCDE
Los alumnos obtienen 484 puntos en matemáticas, lo que les deja en el puesto 33 de 65 países
J. A. AUNIÓN / ELISA SILIÓ Madrid 3 DIC 2013 -El País
El informe PISA 2012 de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económico (OCDE), que mide cómo manejan los chicos de 15 años de 65 países y regiones (se incluyen, por ejemplo, Shanghái y Hong Kong por separado) sus conocimientos en matemáticas, lectura y ciencias, vuelve a dejar a España por debajo de la media de los países desarrollados. Los alumnos españoles han tenido en matemáticas (destreza en la que se centra esta vez el examen) de media 484 puntos (en 2009, fueron 483), frente a los 494 de la media de la OCDE. Esto le coloca en el puesto 33 de los países participantes. Con respecto a la media en 2003, cuando esta prueba internacional que se celebra cada tres años también se centró en la competencia matemática, España tuvo 485, mientras que la media de la OCDE de 500. "PISA define competencia matemática como la capacidad de los individuos para formular, emplear e interpretar las matemáticas en diferentes contextos. O, en otras palabras, pretende describir las capacidades de los individuos para razonar matemáticamente y utilizar conceptos, procedimientos, datos y herramientas matemáticas para explicar y predecir fenómenos", explica el blog del Instituto de Evaluación del Ministerio de Educación.
Esta vez, el más famoso de los informes internacionales constantemente utilizado como imagen de la mala situación de la educación en España, apunta algunas señales de mejora. En lectura, obtiene 488 (en 2009 fue 481) frente a una media OCDE de 496. Y en ciencias 496 (en 2009 fue 488) mientras la media OCDE es 501.
Entre los especialistas y los políticos suele haber dos lecturas muy distintas de este informe: los que aseguran que los resultados españoles en PISA son un desastre o, por lo menos, que muestran un sistema instalado en la mediocridad e incapaz de mejorar, y los que aseguran que, teniendo en cuenta que los resultados estadísticos tienen una desviación típica de 100 puntos sobre una media de 500, el país está dentro de la gran masa de países, quizá claramente por debajo de países como Finlandia o Corea del Sur, pero muy cerca de Francia o Estados Unidos.
Todos los informes PISA han señalado para España un mismo patrón: su escuela es buena en equidad (en 2009, el 36% de los alumnos más pobres alcanzaron las notas más altas, frente al 31% de media OCDE), pero que falla en excelencia: tiene muy pocos estudiantes en los niveles más altos de destrezas: un 8% en matemáticas en 2012 frente al 12% de los países desarrollados. En los niveles bajos, España tiene los mismos que la media: 23%.
El informe PISA trata de medir cada tres años, no los conocimientos de los chavales en asignaturas concretas, sino si los alumnos saben usar bien esos conocimientos, es decir, las destrezas. En los últimos años, a medida que la influencia del estudio ha ido creciendo exponencialmente, también han aumentado las críticas, no solo a los usos partidistas o distorsionados que en ocasiones se hacen de él, sino las que cuestionan la fiabilidad misma del estudio.
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