Jornal da Cámara, maio 15, 2012
A pesquisadora Miriam Abramovay, coordenadora da área de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), salientou que a maioria dos jovens brasileiros ainda tem atitude bastante preconceituosa em relação à orientação e a práticas não heterossexuais.
A pesquisadora Miriam Abramovay, coordenadora da área de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), salientou que a maioria dos jovens brasileiros ainda tem atitude bastante preconceituosa em relação à orientação e a práticas não heterossexuais.
Pesquisa coordenada por ela apontou que 45% dos alunos e 15% das alunas não querem ter colega homossexual. Conforme a pesquisadora, o jovem brasileiro tem menos vergonha de declarar abertamente o preconceito contra homossexuais do que de declarar a discriminação contra negros.
Miriam afirmou que esse preconceito se traduz em insultos, violências simbólicas e violência física. De acordo com a pesquisadora, essa violência gera sentimentos de desvalorização e vulnerabilidade. Há casos, inclusive, de jovens que abandonam a escola. "Os adultos das escolas não se dão conta disso, porque nesse ambiente, em geral, reina a lei do silêncio", afirmou.
O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) , que propôs a realização do seminário, ressaltou que os efeitos do tratamento hostil nas crianças e nos adolescentes vão da timidez a deficiências da fala, chegando a psicoses. De acordo com o parlamentar, a violência contra os homossexuais, que inclui casos diários de assassinatos, tem origem na infância. (LH)
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